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respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar.

Clarice Lispector

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

E quando o som vem até os meus ouvidos


... Eu enlouqueço
Vozes, ruídos, ventos fortes que carregaram as folhas que ninguém se recusou a observar, te olhei por um instante, me deparei com as lembranças de dias sem fim, dias que me puxaram para um mundo oculto, o seu sorriso estava lá, me perguntando o que é que eu estava pensando, e estranhamente as mil lembranças somem, como se aqui dentro da minha cabeça giratória nunca tivesse nada que me desse a sensação de possuir tudo.
Eu enlouqueço pois vejo as coisas de uma forma estranha, sim julgo demais, uma revolucionária preguiçosa.
Eu enlouqueço quando vejo seus olhos serenos me despindo com sede e fome, eu enlouqueço quando deito no travesseiro e passo do mundo dos sonhos para uma realidade erótica.
O som está próximo como se sentisse seus lábios roçando sobre o meu pescoço, e sinto um calor que domina o meu corpo me transformando em em um ser movido a desejos..
Desejos estes que trazem o som que tanto gosto de ouvir, e a lembrança das quais eu nunca tive, mas sei que vivi!
Eu queria poder tocar-te os lábios e enlouquecer ao som que chegou até os meus ouvidos despidos e ousados. Sim eu tenho medo de perder tempo, pois o tempo se tornou o Senhor da Razão, ele carrega nossas lembranças e nossos medos.
Meus medos quebraram barreiras, as barreiras que nos empobrecia, hoje somos tão maduros ao ponto de não aguentar a saudade que enche nossos olhos de lágrimas.
É só isso.

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